quarta-feira, 16 de junho de 2010

Resposta da APCM

Surpresa!!!

No dia 07/06/2010 abri meu email e na caixa de entrada havia uma mensagem de alguém desconhecido, Jean Karkache Gonçalves , curiosamente cliquei nela para saber mais detalhes. Ao perceber que era a resposta da APCM fiquei ansioso para lê-lo e saber qual a posição deles quanto ao email que eu enviara a eles dias antes. Minha reação foi de impotência ao ler a curta e direta resposta, que eu numa tentativa de faze-los refletir (ironicamente, pois parecem pessoas "inteligentes") sobre o trabalho que estão desenvolvendo não obtive nenhum resultado. Enfim, segue abaixo dita resposta.

-------- E-mail ---------

Caro Sr. Ricardo,


Agradecemos pelas sugestões e lamentamos que a nossa política de combate a pirataria não atenda as suas expectativas.

Caso tenha mais algum comentário pertinente permanecemos a disposição.


Atenciosamente.


Jean Karkache Gonçalves | Departamento Jurídico | APCM - Associação Antipirataria Cinema e Música | (11) 3061-1990 Ramal 223


----------------------------------------------------------------------------

Mediante este e-mail eu realmente passei a acreditar que a APCM é bancada por grandes empresas. Utilizarei um trecho do texto do LEGENDAS.TV para encerrar este post.

"Como toda associação 'testa-de-ferro', a APCM tem suas atividades financiadas por empresas muito conhecidas e que não gostariam de ter sua marca associada a atitudes agressivas; daí delegarem esta parte para a APCM. Entre as empresas, encontram-se:


* Universal
* Warner Bros
* Sony/BMG
* Globo
* Disney
* Paramount Pictures
* 20th Century Fox
* UBV"

Fonte: http://faqlegendastv.wordpress.com/apcm/

quarta-feira, 2 de junho de 2010


Para os que ainda não sabem, além de produtor musical, sou analista de suporte técnico de internet. Recentemente, estava eu trabalhando para um provedor de internet no suporte corporativo, quando uma senhora ao telefone me questionou sobre o procedimento para efetuar a alteração da razão social da empresa que esta trabalha. No entanto, essa foi a primeira vez que ouvi falar da APCM (Associação Antipirataria de Cinema e Música), falando logo com uma Bam bam bam de lá. Todas as dúvidas sanadas, ao fim do atendimento, eu a questionei sobre o que exatamente faz a APCM e, ela falou a mesma coisa que está escrito em institucional no site > http://www.apcm.org.br/.

Confesso que ao escuta-la eu balancei a cabeça, como um ato de desapontamento, reprovação e senti imensa vontade de questiona-la mais, de abrir meio que um debate sobre o tema, mas devido as circunstâncias isso não era possível naquele momento. Então, fui pesquisar na internet. Numa breve pesquisa no google vi vários, mas vários sites com textos criticando as ações da APCM, não fiquei impressionado, pois ao ouvir o discurso decorado daquela senhora que representava a já citada APCM, já esperava tais manifestações.

Um desses links é do site legendas.tv http://faqlegendastv.wordpress.com/apcm/, após lê-lo, resolvi me manifestar também. Bem, segue abaixo o email que enviei à eles. Sei que não é o melhor texto e que, talvez nem surta efeitos, mas exerci a liberdade de expressão e de certa forma estou contribuindo com mais um fragmento na internet que num coletivo pressiona esses grandes a pensar e repensar mais abertamente sobre as questões abaixo abrangidas.

Email abaixo (enviado em 02/06/2010)

Olá, sou Ricardo Batis, produtor musical, formado pela anhembi morumbi. Bem, analisando a indústria fonográfica, a forma como a internet cresceu e nosso contexto atual, percebi que a maneira como vocês estão trabalhando acaba por ser uma utopia. Utopia porque vocês estão tentando combater, apenas combater a pirataria, não estão trazendo nenhuma solução, não estão repensando o mercado com todas as tecnologias hoje desenvolvidas e envolvidas. Se olharmos a história da indústria fonográfica, sempre teve mudanças de paradigmas com o surgimento de novas plataformas, como o rádio, o cinema, a televisão etc. Agora a internet. Meus caros, combater a pirataria física é um caso, combater os downloads é ouro caso. Precisam que entendam, de fato, a indústria fonográfica conversem em conjunto com os provedores, produtores e todos envolvidos nesta cadeia produtiva. Combater os downloads é uma utopia. É a APCM contra bilhões de pessoas. Isso é uma rede que se multiplica a cada segundo. Seria como nós seres humanos tentássemos combater a força da natureza, não há como! mas se nos adaptarmos à ela, com os devidos cuidados terrestres conviveremos "harmonicamente" juntos.


Meus caros, avisem a seus patrocinadores, que o talento é mais válido que o direito autoral.

O que vocês tem a dizer da cena tecnobrega? Vão lá aprender com os simples como fazer uma indústria fonográfica consistente...

Abs.

Atenciosamente

Ricardo Batis